segunda-feira, 19 de março de 2012

Saindo ao nascer do sol
Mares são vidros flutuantes
As marés estavam se transformando em tempestade
Os ventos estavam se movendo rápido
Mulheres aguardando no porto
Silenciosamente aguardam em volta
Tempestades avançam mais um dia
Pois homens o mar encontrou
Pescadores estendendo as redes
Os barris espalham as iscas
Os avisos das gaivotas ecoam pelos arredores
Ventos que não podiam esperar
Pessoas aglomeradas no porto
Aguardando pela maré
Olhos meio fechados contra o borrifo
E lágrimas que não conseguem esconder
Se abaixando, virando de costas
Chuva caindo como granizo
Os oleados batendo, convés lavados
Os cascos estavam rangendo destruindo as velas
Trovão ressoando no porto
Mulheres atraídas pelo medo
Se aglomeram para esperar a hora
E rezam que os céus limpem
Ventos uivantes e as ondas agitadas
Racham sobre os barcos
E separados da segurança, separados da vida
Homens com pouca esperança
Ecos assustadores no porto
Suspiros de morte
Mulheres chorando segurando as mãos
Daqueles que ainda lhes restam
Sombras caem no porto
Mulheres aguardam em volta
Tempestades avançam por outro caminho
Pois homens o mar afogou


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