sexta-feira, 10 de maio de 2013

Paul ao vivo


É muito surreal ver, mesmo não sendo pela primeira vez, uma pessoa tão importante para a cultura pop como Paul McCartney.

Lembro nos idos de 89, quando eu ouvia sem parar o disco Please Please me dos Beatles. Muitas dessas músicas, quando tocam, me lembram uma infância maravilhosa. Brincar na rua, dormir debaixo da árvore de natal, comer gelatina... Mas tudo isso são apenas lembranças.

Vendo Macca(desculpe-me a intimidade, mas agora já temos o direito) ao vivo é um monento como esse. Que nos faz lembrar cada minuto, cada situação e que iremos lembrar, com aquele sorriso nos lábios, pelo resto de nossas vidas.

Ao entrar no palco, Macca saúda a todos de uma maneira simples. E tome quase três horas de uma apresentação alucinante. Praticamente todas as músicas são cantadas em unissom pelos presentes.
Cada acorde, uma emoção diferente cativa às pessoas. Nessa hora, não existem velhos, jovens, adultos,crianças, negros, brancos, índios ou europeus. Todos são Macca. Abraçar quem está ao lado para dividir aquela emoção, poder olhar para o estádio cheio de luzes para homenagear, fazendo do público parte do espetáculo, ver no telão,em Hey Judie, o rosto de tanta gente feliz, como se fosse a maior realização da vida destas pessoas... Isso só a música é capaz de fazer.

Macca não é daquele artista comum. Ele faz questão de aprender algo do local onde vai tocar. Expressões, gírias. Exceto em SP, onde não se tem uma expressão característica do lugar, em todos os locais que passou no Brasil deixou um pinguinho de sua sabedoria da cultura local. “Mas bah,tche”, no Sul, “E as Cariôcas esperrrtos” no Rio, “Povo Arretado” em Recife, “Uai” em Belo Horizonte... E o melhor, são quase três horas em que ele não sai do palco. Ele não coloca seus músicos para solar por 20 minutos enquanto descansa. A atenção é só para ele, ele é sempre a estrela principal no palco.

Vendo o rosto no final do show, em que pessoas se abraçam, ficam com cara de bobas, choram, podemos notar que a única coisa que dá para comentar com a maior sinceridade deste show é “Muito obrigado pela magia de existir,Sir. Paul”...


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