Amigos. Sempre presentes, mas muitas vezes distantes.
Amigos que se distanciam ficam em um lugar muito remoto
dentro do coração. A vida faz isso conosco. Lembro, certa vez, que perguntei
pra minha mãe.
- cadê os seus amigos de infância? Você brigou com eles?
- olha, a vida leva a gente cada um para um lado. Difícil
ter as mesmas amizades durante toda a vida, mas sempre ficarão guardadas as
melhores lembranças deles.
Isso foi algo que ficou em mim.
Amigos vão...
Amigos chegam.
Amigos voltam...
Amigos partem
Amigos perto...
Amigos longe.
Toda lembrança que tenho, tem um amigo nela. E lembro o nome
deles até hoje.
Por ter sido filho único praticamente toda minha vida – meus
pais adotaram uma menina logo depois que eu sai de casa-, tenho em meus amigos
as boas lembranças. Muitos deles eram frequentadores assíduos de minha casa,
especialmente pelo nhoque de batata que minha mãe sempre fazia (era sua
especialidade).
Antes os apelidos eram melhores(e mais característicos).
Era o Jão, Pimenta, quatro-olhos, gordo, abacaxi(quando
soltavam as primeiras espinhas), bola 8, negão, neguinho, nego (e Brasil!!!),
Luizinho, Jaiminho, Leandrinho, Léo, Sabrininha, Sandrinha, Vanessinha... Acho
que na minha época sabíamos apelidar melhor as pessoas. Tanto é que a maioria
ainda o carrega. Menos a gorda e o gay. Eles trocaram o apelidos para gordo e
Marcão... vai entender.
Meus amigos hoje vivem longe. Mais na lembrança do que no
dia a dia, afinal a vida faz isso conosco. E não é que minha mãe estava
(sempre) certa?!
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