sexta-feira, 15 de maio de 2015
Poema
Você me olhava. Eu sentia. Você ria. Eu retribuía E você, com toda sua magia, deslizava suas mãos como se seu corpo fosse apenas um instrumento que deixava a mensagem fluir. A caneta era parte de seu corpo. Fazia formas. Você me olhava. Eu sentia.
As almas se tocaram, mesmo estando de longe. A vontade, a atração, desejo, tesão. Imaginei aquela festa juntos. Nós dois escapando dos olhares e indo matar nossas vontades. Mas te olho, e sua mão desliza sobre o papel. Você me olhava. Eu sentia
Sentia que as almas queriam se entrelaçar. Queriam se tocar, se sentir uma só. Mas a vida não permite. Não nos deixa. Impede-nos de tudo. Do tesão, em reprimir as vontades. De não poder soltar. Você me olhava. Eu sentia.
E como um pássaro minha imaginação voava pra dentro de sua mente, querendo saber o que estavas escrevendo, pensando. E seu olhar distante, deixando a mão deslizar.
Você me olhava. Eu sentia.
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